Foto: Ensaio da Bateria da GRES Balaku Blaku. Autor: Geóg. M. Bechman, 2012.
Desde de 2009 costumo junto com familiares visitar as quadras das Escolas de Samba de Manaus e em 2012 para manter a tradição não fizemos diferente. A despeito das dificuldades de gestão e limitação das agremiações, o Carnaval proposto pelas escolas de Manaus revela o grau de independência que as agremiações vem conquistando há quase uma década, dispensando os recursos vindos do Estado (Governo e Prefeitura). A nosso ver, um caminho necessário para a sustentabilidade financeira embora reconheçamos que o Estado não deva se abster do incentivo á cultura popular.
Foto: Fantasias em exposição do Reino Unido da Liberdade.
Autor: Geóg. M. Bechman, 2012.
Visitamos quatro agremiações, começando pela campeã de 2011, o GRES Reino Unido da Liberdade. De fato e de direito uma escola bem assentada na história da Comunidade dos bairros do Morro da Liberdade, Betânia, Educandos, São Lázaro e Raiz. Daí a atratividade do samba na quadra do Reino Unido. Das escolas visitadas, como leigo, acredito que esta escola possua a "Melhor Fantasia", pelos detalhes no acabamento e beleza da concepção. O Ensaio da escola aos domingos á tarde são realmente um evento, pois agrega uma variedade de vendedores ambulantes nas imediações da quadra. Da origem humilde da escola de samba que figura entre as grandes de Manaus, ficou marcado em minha memória, uma samba que representa bem o bairro do Morro da Liberdade, de acordo com o pesquisador de carnaval Daniel Salles, este samba de enredo de 1984 mostra de fato a "cara" dos meninos do morro quando a Escola ainda era bloco carnavalesco:
"Arrasta a sandália, bate o pé o no chão, levanta a poeira do meu coração..."
Foto: Escudeto da GRES Mocidade de Aparecida. Autor: Geóg. M. Bechman, 2012.
Outra escola visitada foi a Mocidade Independente de Aparecida, assentada no bairro de mesmo nome, cuja tradição de ocupação humana é de descentes de portugueses. A quadra muito bem cuidada da escola de samba, mobiliza grande número de pessoas durante os ensaios. A escola de Aparecida, vem com uma bateria afinada e ritimada, solta e um samba normal, facil de cantarolar e este ano vai tentar mais um título no Carnaval de Manaus. Das escolas visitadas, a quadra da Mocidade de Aparecida é a que reúne melhores instalações físicas e uma organização bem superior há muitas outras agremiações. Dos carnavais da Aparecida, o que marcou em minha lembrança foi o de 1987 sobre os Maués, cuja letra do samba de enredo, mostra muito bem o quanto era acirrada a disputa do Carnaval em Manaus.
Outra escola visitada foi a Mocidade Independente de Aparecida, assentada no bairro de mesmo nome, cuja tradição de ocupação humana é de descentes de portugueses. A quadra muito bem cuidada da escola de samba, mobiliza grande número de pessoas durante os ensaios. A escola de Aparecida, vem com uma bateria afinada e ritimada, solta e um samba normal, facil de cantarolar e este ano vai tentar mais um título no Carnaval de Manaus. Das escolas visitadas, a quadra da Mocidade de Aparecida é a que reúne melhores instalações físicas e uma organização bem superior há muitas outras agremiações. Dos carnavais da Aparecida, o que marcou em minha lembrança foi o de 1987 sobre os Maués, cuja letra do samba de enredo, mostra muito bem o quanto era acirrada a disputa do Carnaval em Manaus.
"...Por seis vezes já fui rei, vou tentar mais uma vez, ninguém vai me segurar! Quebrei patoás, os Deuses fiz chorar e nem Figas do Bomfim me fez parar..."
Foto: Gravura da Balaku Blaku. Autor: Geóg. M. Bechman, 2012.
Ainda no Centro de Manaus, visitamos a escola de samba Balaku Blaku, cujo nascimento está na presença de imigrantes e turistas alemãs que se hospedavam e que durante o carnaval caíam no samba. A Escola de linha popular concentra muitos adeptos e possui uma poderosa bateria auto-denominada "Bateria Águia de Ouro", vistosa e potente a bateria da Balaku Blaku levanta a multidão. Neste ano, a escola deseja estabelecer um marco em sua história, revendo conceitos de desfile e inovando em alguns quesitos. Da Balaku Blaku lembro de sua bateria orgulhosa desfilar pela João Alfredo, atual Djalma Batista (Antiga avenida do Samba) cuja frase popular do samba se expressava:
"O meu Verde não é rabo de foquete, vai tocar fogo no cacete"
A última Escola de Samba visitada foi a Vitória Régia da Praça 14 de Janeiro, o "Berço do Samba" amazonense, refúgio dos negros até meados do século XX. A Escola mais tradicional de Manaus e a de maior torcida na cidade, tem na sua identidade e na força de sua comunidade a energia necessária para se manter sempre entre as candidatas ao título. Do ponto de vista organizacional, a escola precisqa assegurar a transição para uma gestão mais profissional e menos afetiva, para que a alegria e a emoção possam conitnuar a dar o brilho devido á paixão verde e rosa. A Verde e Rosa vem com um samba fácil de dominar e promete com manda a sua tradição empolgar o público no sambódromo. Não há que não conheça este refrão:
"Acorda minha gente tá na hora, da alegria se expalhar! O Meu Coração tá todo prosa, de Verde e Rosa na Avenida a desfilar! Vitória Régia não é brincadeira! Saia da frente que vai levantar poeira".
De todo meu coração, desejo a todos e todas muita alegria em mais este carnaval. Como folião estarei no sambódromo para ver minha escola querida mais uma vez brilhar!
Saudações Carnavalescas!
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