sábado, 26 de novembro de 2011

I PORONOMINARÉ, DIÁRIO DE BORDO 2


No dia 19 de Novembro passado, realizamos junto aos acadêmicos de Turismo da Faculdade Metropolitana de Manaus, a I Excursão Poronominaré ao Encontro das Águas, a bordo do barco Castelo Guedes IV. Durante o evento, foi desenvolvido em tempo real, o mapeamento da orla fluvial de Manaus, sendo gerado alguns cartogramas (mapas) com a competente elaboração do Geógrafo Charles Silva de Araújo, o que apresentamos á comunidade com análises preliminars dos documentos cartográficos confeccionados durante a excursão.




Na primeira estação da Excursão, registramos o processo de ocupação e configuração da orla fluvial de Manaus ao longo do Rio Negro, destacando a Praia de Ponta Negra. Notoriamente, o mapa nos remete aos grandes espaços preservados de área verde nesta feição de área, em função da presença de instalações militares do Ministério da Defesa e por outro lado, a rarefeita ocupação humana, se revela num processo de autosegregação residencial urbana, onde as classes sociais mais abastadas da metrópole, disputam um espaço de amenidades e status na configuração socioespacial da cidade de Manaus.




Nesta imagem, podemos visualizar a enorme pressão populacional e ocupacional da orla fluvial na zona oeste da cidade de Manaus, tendo em vista o adensamento urbano nos bairros de São Raimundo, Santo Agostinho, Compensa e Aparecida, confirmando a supressão de espaços verdes e livres e até mesmo na orla na altura do Porto de São Raimundo, há uma forte presença de ocupações subnormais que se estendem do topo ao talude da encosta de frente para o rio, formando uma "parede urbana" à ventilação ribeirinha em direção ao sítio urbano e tinturando em mosaico o espaço geográfico da cidade.



No trecho compreendido entre o Centro de Manaus e o Bairro do Mauazinho, observamos a utilização extensiva e exaustiva de toda orla fluvial do Rio Negro, seja por instalações industriais, comerciais e ou ocupações urbanas subnormais. Em alguns pontos neste trecho encontramos pontos que indicaram uma ação "planejada" como a "Praia do Amarelinho" no bairro dos Educandos, com a marca de uma urbanização da encosta.

Esperamos com este trabalho que as políticas de transformação da cidade de Manaus, contemplem ações responsáveis de uso e usufruto consciente das potencialidades paisagísticas desta cidade, ás márgens do encontro das águas mais famoso do mundo, o do Rio Negro com o Rio Solimões.

Saudações Geográficas! 


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