sexta-feira, 1 de abril de 2016

MANIFESTAÇÃO PELA DEMOCRACIA EM MANAUS - AMAZONAS 2016 - 52 ANOS DO GOLPE MILITAR DE 1964

FOTO: DJUANE TIKUNA - ARTISTA TIKUNA. AUTOR: CUCUNACA, 2016

Nesta sexta-feira 31 de Março em que os brasileiros rememoram a triste passagem em sua História de um período de exceção democrática, marcada pela implantação de uma Ditadura Civil-Militar em 1964 que depôs um governo legitimamente eleito pelo sufrágio universal, João Goulart. São 52 anos do Golpe de Estado que derrubou Jango. 

FOTO: PÚBLICO PRESENTE. AUTOR: CUCUNACA, 2016

Nesta sexta-feira 31, ensolarada na capital da Amazônia, Manaus, militantes e democratas foram até o Largo de São Sebastião, no entorno do Teatro Amazonas para defender a Democracia contra um processo de Impeachement promovido por setores conservadores e partidos de oposição derrotados no pleito de 2014 que reelegeu a primeira mulher a governar o Brasil, Dilma Roussef do Partido dos Trabalhadores (PT).

FOTO: MILITANTES DE ESQUERDA. AUTOR: CUCUNACA, 2016.

Estiveram presentes no Ato Público, estudantes, professores, democratas, movimentos sociais e entidades de classe e claro, a presença nestes atos dos representantes das nações indígenas junto ao campo progressista. Num sentido especial, a índia Djuane Tikuna, cantou um canção de seu povo e depois executou o hino nacional brasileiro em língua Tikuna, encerrando o Ato Público em Defesa da Democracia. Discursaram além dos movimentos negros, sindicalistas, professores, estudantes, dentre os quais destacamos a fala do Prof. Dr. Renan Freitas Pinto (UFAM) e do Prof. Dr. Randolpho Bitencourt que destacaram a luta social e institucional pela constitucionalidade do mandato da presidenta Dilma Roussef (PT), tendo em vista a mobilização em todo o país e entre as nações latino-americanas.

Foi um evento político, mas sobretudo, cultural, onde via-se claramente a "cara do povo brasileiro" seja na presença dos movimentos sociais, seja pela presença massiva de intelectuais, artistas, poetas e democratas.

Longa Vida a Democracia Brasileira!

sábado, 19 de março de 2016

IMAGENS DA MANIFESTAÇÃO CONTRA O GOLPE JURÍDICO-MIDIÁTICO EM MANAUS 2016

FOTO: INÍCIO DA MANIFESTAÇÃO.
AUTOR: CUCUNACA, 2012

FOTO: POVOS INDÍGENAS. AUTOR: CUCUNACA, 2016

FOTO: JUVENTUDE SOCIALISTA.
AUTOR: CUCUNACA, 2016

FOTO: LARGO DE SÃO SEBASTIÃO, 2016.

FOTO: CARTAZ DE APOIO AO GOVERNO.
AUTOR: CUCUNACA, 2016.

FOTO: SAÍDA DA PASSEATA. RUA 10 DE JULHO, MANAUS.
 AUTOR: CUCUNACA, 2016.

FOTO: PASSEATA PELA DEMOCRACIA.
AV. GETÚLIO VARGAS. AUTOR: CUCUNACA, 2016.

sábado, 16 de janeiro de 2016

ESCOLAS DE SAMBA DE MANAUS: O QUE SE APRENDE NELAS E COM ELAS

FOTO: CENTRO DE CONVENÇÕES DE MANAUS_SAMBÓDROMO. 2015. AUTOR: CUCUNACA, 2015.

Muitas vezes, as escolas de samba tem que a cada ano se afirmarem como associações importantes para a afirmação cultural, educacional e historiográfica de um povo ou segmento social. Neste sentido, gostaria de enfatizar alguns pontos que merecem destaque nas escolas de samba de Manaus e sua inserção na sociedade.

1. Nas escolas de samba, longe de serem desorganizadas, são entidades com registros jurídicos e formalizadas, passíveis de penalidades advindos de sua responsabilidade social.
2. Em algumas escolas de samba, desenvolvem projetos sociais, como dar oportunidade para aprendizes, jovens, músicos, dança, de cursos, além de esportes, clubes de artesãos e de cultura;
3. As escolas de samba pelo volume de capital que movimentam numa cidade, envolvem as industrias do entretenimento, das mídias clássicas e internet, das artes, da música, da cultura e da infra-estrutura;
4. As escolas são referências de identidade de seus lugares. Sua geografia aponta para a manifestação musicada de um segmento social muitas vezes, marginalizado ou excluído do contexto social hegemônico.
5. Geradora de empregos, o pagamento de salários - é espantoso isso, mesmo que em caráter temporário. Em lugares como Manaus, longe dos grandes centros do Brasil, a manifestação popular contribuí para a construção da identidade nacional.
6. Contribuição a cultura e a educação.
7. Dispersor da energia.
8. Agregador de pessoas.
9. Festa popular democratizada e aberta gratuitamente. Em Manaus, não se paga ingressos para vivenciar o espetáculo.
10. Industria alimentícia, empregos formais, informais e temporários.
11.Industria da reciclagem e da sustentabilidade.
12. Contribuição para a língua do país, com a diversidade de vocabulário regional e suas re-significações.
13. Gerador de eventos na industria da cultura, e agenda para noticias.
14. Constante espaço de simulação para eventos de massa com forte presença de pessoal.
15. Exercício dos setores públicos envolvidos (segurança, saúde, engenharias e entidades da sociedade civil organizada).
16. Retorno de impostos pargos pelos contribuintes.
17. Disciplinadora, são muitas as regras para se desfilar na passarela, pontualidade, não excesso de bebidas e outras, visto que se está em uma "competição".
18. Estímulo a tratar os adversários não como inimigos, daí a gíria "co-irmãs". Ou seja, estimular regras de sociabilidade e civilidade.
19. Negócios com parceiros que promovem a festa.
20. Mercado dos levantadores e personalidades que desfilam por agremiações, seja defendendo suas cores ou participando de seus eventos.
21. Alegria de viver. Afinal, estamos no Brasil, cuja identidade está diretamente ligada a sua bio e sociodiversidade cultural.

Alguns destes temas, precisam aprofundamento e certamente são temas importantes para a investigação e tratamento científico e cultural desta magnífica festa popular que é o desfile das escolas de samba de Manaus.

Saudações Carnavalescas!