Vista frontal do belo coreto da Praça Heliodoro Balbi, ao fundo o Gymninásio Dom Pedro II também conhecido como Colégio Estadual na Avenida 7 de Setembro, espaço de intenso movimento político estudantil durante as décadas de 1920 a 1960. Colégio de muita militância estudantil em Manaus.
Vista interna do coreto em art noveau, com candelabros de requinte e beleza abrigo de discursos políticos durante grande parte do século XX e das tradicionais bandinhas da praça e das solenidades. De fato um encanto em harmonia com o espaço circundante.
Vista parcial a partir do Coreto da Praça da Polícia em direção a antiga sede da Policia Militar do Amazonas e agora restaurada para o Palacete Provincial - sede do governo no século XIX.
Vista total do palacete povincial do transformado em Museu. Aí aconteceu um atentado em 1909 por ocasião da Greve dos Estivadores do Porto de Manaus (Para que não silencie nunca as vozes dos Trabalhadores! A Luta continua...sempre e, enquanto houver injustiça!). No seu interior há vários espaços destinados á memória do Amazonas, com exposição de materiais ligados ao estado, como a bandeira usada na Campanha de Canudos, estatuetas de várias partes do mundo, museu de numismática, uma exposição de arte de artistas plásticos amazonenses (uhuuuuul!), além de pequenos filmes da Manaus Provincial e dos primeiros anos do século XX.
Vou chamar este espaço de "Ponte dos Desejos", parte indissociável da Praça da Polícia, recordo-me que quando dos tumultos e confusões sempre alguém caía nela nos anos 1980. Também haviam espécies de peixes. Hoje não, o patinho na fotografia é apenas decorativo. Já imaginou na Amazônia e tendo que curtir um "patinho de plástico"? Adorei beijar minha namorada aí.
Agora vemos um segundo coreto, também na Praça da Polícia, aí alguns transeuntes conversam e alguns personagens da Praça jogam dama na busca da sorte na vida e no amor!
Aí está o Colégio Estadual, o colégio Dom Pedro II. Este colégio sempre teve um nome muito forte pois alguns personagens da História do Amazonas estudaram neste colégio. Sempre foi um colégio de intensa atividade política no segmento dos estudantes ao longo dos séculos XIX e XX. Por ocasião das passeatas de estudantes universitários reinvidicando direitos, muitos alunos do Colégio Estadual aderiam num ritual de contestação e construção das utopias.
Os doces caminhos da Praça da Polícia nos faz sentir bem, numa espécie de consumo contemplativo, um lugar que nos faz imaginar um oásis nesta minha Manaus "Selva de Pedra".
Árvores de porte alto e médio com copas exuberantes e luxuriosas, justaposto aos jardins sempre bem cuidados, compõe um cenário idilico, propricio ao exercicio do romance, da preguiça e do viver. Seu colorido, traz á tona, o sentimento de pertencimento á este espaço que a cada dia me enche de vida, o Amazonas, a Amazônia e a cidade dos "Filhos da Mãe dos Deuses".
Um detalhe importante na Praça da Polícia, esta arquitetura que concentra estatuetas de animais silvestres em plena luta pela vida. Achei fantástico... para não esquecermos em que lugar estamos.
A ponte que desponta em meio a Praça da Polícia, talvez mudasse até seu nome, para Praça dos Encontros, em que as pontes determinam os encontros dos amantes e daqueles que vagam pela cidade em busca do amor.
Os vários caminhos que serpenteiam comos os rios da Amazônia, nas direçoes diversas, á sombra das árvores frondosas e ombrófilas, amenizam o calor desta cidade quente. É realmente, um tempo para se viver com intensidade a Praça, seus transeuntes, seus personangens, suas árvores, suas edificações e nossos desejos de felicidade.
Só uma praça como esta poderia inspirar escritores, poetas, habitantes da noite manauara. Aqui a justa homenagem ao Clube da Madrugada, um clube que ousou dizer que na Amazônia e no norte deste país chamado Brasil, existem mentes pensantes. E eu... andarilho.